Classificação
do Ministério da Magia (M.M.)
XXXXX Mata
bruxos / impossível treinar ou domesticar
XXXX Perigoso
/ exige conhecimento especializado / bruxo perito pode enfrentar
XXX Bruxo
competente pode enfrentar
XX Inofensivo
/ pode ser domesticado
X Tedioso
ACROMANTULA
(ACROMÂNTULA)
Classificação
MM: XXXXX
A
acromântula é uma aranha monstruosa de oito olhos e dotada de fala humana. É
originária de Bornéu, onde habita a mata fechada. Suas características
incluem pêlos negros e grossos que lhe cobrem o corpo; as pernas têm uma
envergadura que pode abranger até quatro metros e meio; as pinças produzem um
estalido distinto quando ela se excita ou se irrita; e, finalmente, produz uma
secreção venenosa e tece teias abobadadas no solo. A acromântula é
carnívora e prefere presas de grande porte. A fêmea é maior do que o macho e
pode pôr até cem ovos de cada vez. Macios e brancos, eles têm o tamanho de
uma bola inflável de piscina. Os filhotes nascem de seis a oito semanas após
a postura. Os ovos de acromântula são classificados como Artigos Não
Comerciáveis Classe A pelo Departamento para Regulamentação e Controle das
Criaturas Mágicas, o que significa que sua importação ou venda é punida com
severidade.
Acredita-se
que esse animal foi desenvolvido por bruxos, possivelmente com a finalidade de
guardar suas casas ou tesouros, Apesar de sua inteligência quase humana, a
acromântula, no entanto, não é treinável e oferece extremo perigo a bruxos
e trouxas.
ASHWINDER (CINZAL)
Classificação
M.M.: XXX
O ashwinder
(cinzal) se forma quando se permite que um fogo mágico muito tempo. Uma cobra
fina, cinza-claro, de olhos rutilantes, surgirá das brasas desse fogo e
rastejará para as sombras da habitação em que se encontra, deixando um
rastro de cinzas atrás de si.
O cinzal vive
apenas uma hora, tempo usado para procurar um lugar escuro e protegido e ali
depositar seus ovos, depois do que ele vira pó. Os ovos são vermelho-vivo e
liberam um intenso calor. Podem incendiar uma habitação em minutos se não
forem encontrados e congelados com um feitiço apropriado. O bruxo que perceber
que há um ou mais cinzais soltos em casa deve procurar rastreá-los
imediatamente e localizar a ninhada de ovos. Uma vez congelados, os ovos são
muito valiosos para o preparo de Poções de Amor e podem ser comidos inteiros
como remédio para a malária.
Os cinzais
são encontrados no mundo inteiro.
AUGUREY
(AGOUREIRO), também
conhecido como Irish Phoenix (fênix irlandesa)
Classificação
M.M.: XX
O augurey
(agoureiro) é nativo da Grã-Bretanha e da Irlanda, embora por vezes seja
encontrado em outros países do norte europeu. Pássaro magro e de aspecto
tristonho, que lembra um abutre pequeno e malnutrido, o agoureiro é
preto-esverdeado. É extremamente tímido, faz ninho em moitas espinhosas, come
grandes insetos e fadas, só voa sob chuva pesada e, no restante do tempo, fica
escondido em seu ninho em feitio de lágrima.
O
agoureiro tem um canto baixo e soluçante característico, que antigamente se
acreditava anunciar a morte. Os bruxos evitavam os ninhos de agoureiro com medo
de ouvir esse som de partir o coração, e acredita-se que mais de um bruxo
sofreu um ataque cardíaco ao passar por uma moita e ouvir o lamento de um Com
o tempo, porém, pesquisas pacientes revelaram que esse pássaro simplesmente
como barômetro caseiro, embora haja quem ache difícil aturar o seu lamento
contínuo durante os meses de inverno. As penas do agoureiro não servem para
fazer canetas porque repelem a tinta.
BASILISK
(BASILISCO), também
chamado King of Serpents (Rei das Cobras)
Classificação
M.M.: XXXXX
O
primeiro basilisco de que se tem notícia foi criado por Herpo, o Sujo, um
bruxo das trevas de nacionalidade grega e ofidiglota, que descobriu, após
muitas experiências, que um ovo de galinha chocado por um sapo produzia uma
cobra gigantesca dotada de poderes extraordinariamente perigosos. O basilisco
é uma cobra verde-vivo que pode alcançar quinze metros de comprimento. O
macho tem uma pluma vermelha na cabeça. Suas presas são excepcionalmente
venenosas, mas seu órgão de ataque mais poderoso são os grandes olhos
amarelos. A pessoa que os encara sofre morte instantânea.
Se
a fonte de alimentos é suficiente (o basilisco come todos os mamíferos e aves
e a maioria dos répteis), ele pode atingir uma idade avançada. Acredita-se
que o espécime de Herpo, o Sujo, viveu quase novecentos anos.
A
criação do basilisco foi declarada ilegal desde a época medieval, embora a
prática seja facilmente dissimulável, pois basta remover o ovo de galinha do
choco do sapo quando o Departamento para Regulamentação e Controle das
Criaturas Mágicas aparece à porta. Contudo, uma vez que os basiliscos não
são controláveis, exceto por ofidiglotas, eles oferecem tanto perigo à
maioria dos bruxos das trevas quanto a qualquer outra pessoa, e não há
registros de basiliscos na Grã-Bretanha nos últimos quatrocentos anos.
BILLYWIG
(GIRA-GIRA)
Classificação
M.M.: XXX
O
billywig (gira-gira) é um inseto nativo da Austrália. Mede cerca de um
centímetro e três milímetros, é azul-safira berrante. Sua velocidade é
tão grande que ele raramente é percebido pelos trouxas e, muitas vezes, nem pelos
bruxos até receberem sua picada. As asas do gira-gira saem do alto da cabeça
e rodam a grande velocidade quando ele voa. Na extremidade oposta do corpo há
um ferrão longo e fino. Quem é picado por um gira-gira sente tonteira seguida
de levitação. Há gerações, jovens bruxas e bruxos australianos têm
tentado apanhar gira-giras para provocá-los e serem picados por eles,
produzindo assim esses efeitos colaterais mesmo que o excesso de picadas possa
fazer a vítima flutuar no ar descontrolada durante dias seguidos. Nos casos em
que há uma forte reação alérgica, essa flutuação pode se tornar
permanente. O ferrão seco do gira-gira é usado em várias poções e
acredita-se que seja um dos ingredientes do popular doce Delícias Gasosas.
BOWTRUCKLE
(TRONQUILHO)
Classificação
M.M.: XX
O
bowtruckle (tronquilho) é uma criatura que guarda árvores, encontrável
principalmente no oeste da Inglaterra, sul da Alemanha e certas florestas da
Escandinávia. É dificílimo de localizar por ser pequeno (no máximo vinte
centímetros de altura) e aparentemente formado por tronco e gravetos com dois
olhinhos castanhos.
O
tronquilho, que se alimenta de insetos, é uma criatura pacífica e
extremamente tímida, mas se a árvore em que ele vive é ameaçada, há quem
diga que ele salta sobre o lenhador ou sobre o cirurgião-florestal que está
tentando danificar sua habitação e fura os olhos deles com seus dedos longos
e afiados. Oferecer bichos-de-conta aos tronquilhos os acalma por tempo
suficiente para uma bruxa ou um bruxo retirar madeira de sua árvore para a
fabricação de uma varinha.
BUNDIMUN
(BANDINHO)
Classificação
M.M.: XXX
O
bundimun (bandinho) é encontrado no mundo inteiro. Ele infesta as casas,
perito que é em se infiltrar sob as tábuas do soalho e rodapés. A presença
do bandinho em geral é anunciada por um fedor de decomposição. Ele secreta
uma substância que apodrece até as fundações da habitação em que se
encontra.
Quando
em repouso, o inseto lembra uma mancha de fungo esverdeado dotada de olhos,
embora quando se assuste ele fuja com suas numerosas perninhas finas.
Alimenta-se de sujeira. Os Feitiços de Limpeza acabam com a infestação de
bandinhos em uma casa, mas se seu dono deixou que os insetos proliferassem livremente,
ele deverá entrar em contato com o Departamento para Regulamentação e
Controle das Criaturas Mágicas (Subdivisão de Pragas) antes que a casa
desmorone. A secreção de bandinhos diluída é usada para preparar certos
fluidos mágicos de limpeza.
CENTAUR
(CENTAURO)
O
centauro tem cabeça, tronco e braços humanos ligados a um corpo de cavalo
cujo colorido varia. Inteligente e dotado de fala humana, a rigor, não deveria
ser chamado de animal, mas a seu próprio pedido foi assim classificado pelo
Ministério da Magia.
O
centauro habita a floresta. Acredita-se que ele teve origem na Grécia, embora
haja atualmente comunidades desses animais em várias partes da Europa. As
autoridades bruxas em cada país em que há centauros destinaram a eles áreas
em que não serão incomodados pelos trouxas; porém, eles não têm grande
necessidade da proteção bruxa, pois contam com recursos próprios para se
esconder dos humanos.
O
modo de vida do centauro é envolto em mistério. Geralmente, eles têm tanta
desconfiança de bruxos quanto de trouxas e, na realidade, parecem não fazer
grande diferença entre os dois. Vivem em rebanhos que reúnem de dez a
cinqüenta membros e gozam da reputação de entender de cura mágica,
adivinhação, manejo do arco e astronomia.
CHIMAERA
(QUIMERA)
Classificação
MM.: XXXXX
A
chimaera (quimera) é um monstro grego raro com cabeça de leão, corpo de bode
e rabo de dragão. Feroz e sanguinária, ela é extremamente perigosa. Só se
conhece um exemplo de alguém que tenha abatido uma quimera, mas o azarado
bruxo em questão caiu do seu cavalo alado (veja página 63) e morreu pouco
depois, sem forças. Os ovos da quimera são classificados como Artigos Não
Comerciáveis Classe A.
CHIZPURFLE
(CHIZÁCARO)
Classificação
M.M.: XX
O
chizpurfle (chizácaro) é um pequeno parasita de até um milímetro e meio de
altura com a aparência de um caranguejo e dotado de grandes presas. É
atraído pela magia e pode infestar o pêlo e as penas de criaturas como crupes
e agoureiros. Penetra também a habitação de bruxos e ataca objetos mágicos
tais como varinhas, que ele rói gradualmente até o cerne mágico, ou então
se instala em caldeirões sujos, onde engole qualquer facilmente com qualquer
das poções patenteadas à venda no mercado, várias infestações podem
exigir uma visita da Subdivisão de Pragas do Departamento para
Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, pois o chizácaro quando
inchado por substâncias mágicas torna-se muito difícil de combater.
CLABBERT (CLABERTO)
Classificação M.M.: XX
O clabbert (claberto) é uma criatura arbórea, que lembra
uma cruza de mico com sapo. Teve origem no sul dos Estados Unidos, embora há
muito tempo tenha sido exportado para o mundo inteiro. Sua pele lisa e sem
pêlos é malhada de verde, as mãos e os pés são palmados e os braços e
pernas longos e flexíveis, o que permite ao bicho se balançar de um galho
para outro com a agilidade de um orangotango. Sua cabeça tem pequenos chifres
e uma boca larga, que parece estar rindo, cheia de dentes afiados como uma
navalha. O animal alimenta-se principalmente de pequenos lagartos e aves.
Sua característica mais marcante é uma enorme pústula no
meio da testa que fica vermelha e faísca quando o bicho percebe um perigo. No
passado, os bruxos americanos mantinham clabertos em seus jardins para dar
sinal antecipado da aproximação de trouxas, mas a Confederação
Internacional dos Bruxos criou multas que reduziram muito tal prática. A
visão à noite de uma árvore cheia de pústulas brilhantes, embora
decorativa, atraía muitos trouxas querendo saber por que seus vizinhos
continuavam a acender os enfeites de Natal em junho.
CRUP (CRUPE)
Classificação M.M.: XXX
O crupe é originário do sudeste da Inglaterra e é muito
parecido com um temer, exceto pelo rabo bifurcado. E quase certo que
seja um cão criado por magia porque é muito leal aos bruxos e feroz com os
trouxas. E um grande comedor de refugo, ingere qualquer coisa desde gnomos a
pneus velhos. A licença para se ter um crupe pode ser obtida no Departamento
para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas após um simples exame
para comprovar que o bruxo interessado é capaz de controlar o animal nas
áreas habitadas por trouxas. O dono é também obrigado por lei a cortar o rabo
dele, com um Feitiço de Corte indolor, entre a sexta e a oitava semanas de
vida para que o crupe não chame a atenção dos trouxas.
DEMIGUISE (SEMINVISO)
Classificação M.M.: XXXX
O seminviso é encontrado no Extremo Oriente, embora não
seja fácil localizá-lo, porque pode se tornar invisível quando ameaçado.
Disto decorre que só pode ser visto por bruxos treinados para sua captura.
O seminviso é um animal herbívoro e pacífico, cuja
aparência lembra a de um gracioso macaco com grandes olhos negros e tristes,
em geral escondidos sob os pêlos da cabeça. O corpo inteiro é coberto por
pêlos longos, finos e sedosos. Essa pelagem é muito valorizada porque seus
fios podem ser usados para tecer capas da invisibilidade.
DIRICAWL (ORAQUI-ORALÁ)
Classificação M.M.: XX
O diricawl (oraqui-oralá) teve origem na ilha Maurícia.
Esta ave roliça, de penas fofas e incapaz de voar, se destaca pelo seu método
de fugir do perigo. Ele desaparece em meio a uma nuvem de penas e reaparece em
outro lugar (a fênix tem essa mesma capacidade; ver página 53).
O interessante é que no passado os trouxas conheciam
perfeitamente a existência do oraqui-oralá, embora lhe dessem o nome de
"dodo". Por não perceberem que a ave podia desaparecer quando
queria, os trouxas acreditaram que tivessem provocado a extinção da espécie
por caçá-la em demasia. Uma vez que tal crença parece ter despertado a
consciência trouxa para os perigos de matar outras criaturas
indiscriminadamente, a Confederação Internacional dos Bruxos sempre achou
prudente não informar aos trouxas que o oraqui-oralá continuava a existir.
DOXY (FADA MORDENTE), por vezes chamada
de Biting Fairy.
Classificação M.M.: XXX
Muitas vezes a doxy
(fada mordente) é confundida com uma fada verdadeira(ver "Fairy (fada)"), embora seja uma espécie bem
diferente. Como a fada, ela tem uma forma humana minúscula, mas é coberta de
pêlos espessos e dotada de dois pares de pernas e braços. As asas da fada
mordente são grossas, curvas e brilhantes, muito semelhantes às de um
besouro. Elas são encontradas em todo o norte da Europa e América, preferindo
climas frios. Põem até quinhentos ovos de cada vez e os enterram. Os filhotes
nascem entre duas e três semanas depois.
As fadas mordentes possuem fileiras duplas de dentes afiados
e venenosos. É preciso tomar um antídoto quando se é mordido.
DRAGON (DRAGÃO)
Classificação M.M.: XXXXX
O dragon (dragão), provavelmente o animal mágico mais
famoso do mundo, encontra-se entre os mais difíceis de esconder. A fêmea é
em geral maior e mais agressiva do que o macho, embora ninguém deva se
aproximar de nenhum dos dois exceto os bruxos com aptidão e treinamento
excepcionais. O couro, o sangue, o coração, o fígado e o chifre do dragão
têm grandes propriedades mágicas, mas seus ovos são considerados Artigos
Não Comerciáveis Classe A.
Existem dez espécies de dragão, embora se saiba que elas
ocasionalmente se entrecruzam produzindo híbridos raros. Os dragões
puros-sangues são os seguintes:
ANTIPODEAN OPALEYE (OLHO-DE-OPALA)
O Antipodean opaleye (olho-de-opala) é nativo da Nova Zelândia, embora se
saiba que emigra para a Austrália quando há uma redução de território em
sua terra natal. Ao contrário de outros dragões, ele habita os vales e não
as montanhas. Talvez o tipo mais belo de dragão, ele tem porte médio (entre
duas e três toneladas), escamas nacaradas e olhos iridescentes sem pupilas,
donde o seu nome. Produz uma chama vermelho-vivo, embora pelos padrões de
comportamento de um dragão ele não seja muito agressivo e raramente mate a
não ser que tenha fome. Seu alimento preferido são os carneiros, embora se
saiba que também ataca presas maiores. Uma onda de mortes de cangurus em fins
de 1970 foi atribuída a um olho-de-opala macho expulso de sua terra natal por
uma fêmea dominadora. Seus ovos são cinza-claro e podem ser confundidos com
fósseis por trouxas imprudentes.
CHINESE FIREBALL (METEORO-CHINÉS), também conhecido como
Liondragon (dragão leonino)
O único dragão oriental tem uma aparência particularmente vistosa. Vermelho,
com escamas lisas, ele apresenta uma franja de cristas douradas em volta do
focinho arredondado e olhos muito saltados. O meteoro-chinês recebeu este nome
por causa das labaredas em forma de cogumelo que saem de suas narinas quando o
irritam. Pesa entre duas e quatro toneladas, sendo a fêmea maior do que o
macho. Os olhos são carmim-vivo com pintas douradas, e suas cascas são muito
valiosas para a magia chinesa. O meteoro-chinês é agressivo, porém mais
tolerante com a própria espécie do que a maioria dos dragões, consentindo
por vezes em dividir seu território com outros dois dragões. Banqueteia-se
com a maioria dos mamíferos, embora prefira porcos e humanos.
COMMON WELSH GREEN (VERDE-GALÊS COMUM)
O Welsh green (verde-galês) se confunde com os capins luxuriantes de sua terra
natal, embora faça ninho nas montanhas mais altas onde foi demarcada uma
reserva para sua preservação. Apesar do Incidente Ilfracombe (veja Introdução),
esta raça está entre as que causam menos problemas, preferindo, como o
olho-de-opala, caçar carneiros e se empenhar para evitar os humanos, a não
ser quando provocado. O verde-galês tem um urro surpreendentemente melodioso
que é facilmente reconhecível. Suas labaredas saem em jorros finos e seus
ovos são cor de terra, sarapintados de verde.
HEBRIDEAN BLACK (NEGRO DAS ILHAS HÉBRIDAS)
Este outro dragão nativo da Grã-Bretanha é mais agressivo do que o seu
correspondente galés. Exige um território de cento e sessenta quilômetros
quadrados por dragão. O negro das ilhas Hébridas alcança nove metros de
comprimento, tem escamas ásperas, brilhantes olhos de púrpura e uma carreira
de cristas curtas, mas afiadíssimas, ao longo do dorso. Tem asas semelhantes
às do morcego, e seu rabo termina em um espigão em forma de flecha. O negro
das ilhas Hébridas se alimenta principalmente de veados, embora se saiba que
roube cães de grande porte e até reses. O clã de bruxos MacFusty, que há séculos
habita as ilhas Hébridas, tradicionalmente tem se encarregado da
administração dos dragões dessas ilhas.
HUNGARIAN HORNTAIL (RABO-CÓRNEO HÚNGARO)
Com fama de ser a mais perigosa das raças de dragão, o rabo-córneo húngaro
tem escamas pretas e uma aparência de lagarto. Seus olhos são amarelos, os
chifres cor de bronze tal como os cornos que cobrem o seu longo rabo. O alcance
(quinze metros) das labaredas do rabo-córneo é um dos maiores que há. Seus
ovos são cor de cimento com uma casca particularmente dura; os filhotes
quebram as cascas com os rabos cujos cornos já estão bem desenvolvidos quando
eles nascem. O rabo-córneo se alimenta de cabras, carneiros e, sempre que
possível, de humanos.
O
Norwegian ridgeback (dorso-cristado norueguês) lembra o rabo-córneo na
maioria de suas características, mas ao contrário de cornos no rabo, o
dorso-cristado tem cristas bastante salientes e negras por
todo o dorso. Excepcionalmente agressivo com os de sua espécie, o
dorso-cristado é hoje em dia uma das raças mais raramente criadas. Sabe-se
que ataca a maioria dos mamíferos terrestres de grande porte e, o que é
incomum para um dragão, também se alimenta de criaturas marinhas. Um relato
não confirmado conta que um dorso-cristado capturou um filhote de baleia nas
costas da Noruega em 1802. Os ovos deste dragão são pretos e os filhotes
desenvolvem a capacidade de expelir labaredas mais cedo do que os de outras
raças (entre um e três meses).
PERUVIAN VIPERTOOTH (DENTE-DE-VÍBORA PERUANO)
É o menor dos dragões conhecidos e o mais veloz em vôo. Com cerca de quatro
metros e meio de comprimento apenas, o Peruvian vipertooth (dente-de-víbora
peruano) tem escamas lisas acobreadas e marcas negras na crista. Os chifres
são curtos e as presas particularmente venenosas. O dente-de-víbora
alimenta-se sem hesitar de cabras e vacas, mas gosta tanto de humanos que a
Confederação Internacional dos Bruxos foi forçada a enviar exterminadores ao
Peru, no fim do século XIX, para reduzir a população de dragões que estava
crescendo com rapidez assustadora.
ROMANIAN LONGHORN (CHIFRES-LONGOS ROMENO)
O Longhorn (chifres-longos) tem escamas verde-escuras e longos chifres dourados
faiscantes com os quais ele fura sua presa antes de assá-la. Quando moídos,
os chifres desse dragão se tornam muito valiosos como ingredientes para
poções. O território nativo do chifres-longos foi recentemente transformado
na reserva de dragões mais importante do mundo, onde os bruxos de todas as
nacionalidades estudam de perto as raças de dragões. O chifres-longos tem
sido objeto de intenso programa de reprodução porque sua população diminuiu
tanto nos últimos anos, em grande parte devido ao comércio de seus chifres,
que eles se tornaram Artigos Comerciáveis Classe B.
SWEDISH SHORT-SNOUT (FOCINHO-CURTO SUECO)
O Swedish short-snout (focinho-curto sueco) é um belo dragão azul- prateado
cuja pele é muito procurada para a confecção de luvas e escudos de
proteção. As labaredas que saem de suas narinas são azul-brilhante e podem
reduzir madeiras e ossos a cinzas em questão de segundos. O focinho-curto é
responsável por um número menor de mortes humanas do que a maioria dos
dragões, mas como prefere viver em áreas montanhosas despovoadas e selvagens,
esse dado pouco significa.
UKRAINIAN IRONBELLY (BARRIGA-DE-FERRO UCRANIANO)
A maior raça de dragões conhecida, o Ironbelly (barriga-de-ferro) pode
atingir seis toneladas de peso. Rotundo e mais lento no vôo do que o
dente-de-víbora e o chifres-longos, o barriga-de-ferro é, ainda assim,
extremamente perigoso, capaz de esmagar as habitações sobre as quais
aterrissa. Suas escamas são cinza-metálico, os olhos de um vermelho forte e
as garras particularmente longas e cruéis. A espécie tem sido objeto de
constante observação por parte das autoridades bruxas ucranianas desde que um
barriga-de-ferro arrebatou um barco no mar Negro, em 1799.
DUGBOG (CAVA-CHARCO)
Classificação M.M.: XXX
O dugbog (cava-charco) é um habitante dos brejos da Europa
e das Américas do Norte e do Sul. Lembra um pedaço de madeira sem vida quando
está parado, embora a um exame atento revele patas com nadadeiras e dentes
muito afiados. Desloca-se pelos brejos, alimentando- se principalmente de
pequenos mamíferos e produz graves ferimentos nos tornozelos das pessoas que
andam por ali. A comida favorita do cava-charco, porém, é a mandrágora. Já
houve gente que cultivou essa planta que, ao levantar uma folha de suas
valiosas mandrágoras, encontrou restos sangrentos em conseqüência da visita
de um cava-charco.
ERKLING (ELFO-DA-BAVÁRIA)
Classificação MM.: XXXX
O elfo-da-bavária teve origem na Floresta Negra, na
Alemanha. É maior do que um gnomo (uns noventa centímetros em média), tem
queixo fino e uma gargalhada que encanta principalmente as crianças, a quem
ele tenta atrair para longe de seus guardiões a fim de as comer. O controle
rigoroso exercido pelo Ministério da Magia alemão reduziu drasticamente as
mortes causadas pelos elfos-da-bavária nos séculos mais recentes. O último
ataque de que se tem notícia foi ao bruxo Bruno Schmidt, de seis anos de
idade, que resultou na morte do elfo quando o bruxinho lhe deu uma forte
pancada na cabeça com o caldeirão desmontável do pai.
ERUMPENT (ERUMPENTE)
Classificação MM.: XXXX
O erumpent (erumpente) é um animal africano, cinzento, de
grande porte e força. A distância, esse bicho, que pesa até uma tonelada,
pode ser confundido com um rinoceronte. Tem uni couro grosso que repele a
maioria dos feitiços e maldições, um chifre afiado sobre o nariz e um grande
rabo que lembra uma corda. Dá à luz apenas um filhote de cada vez.
O erumpente não ataca a não ser provocado pela dor, mas se
ele investir contra alguém os resultados são em geral catastróficos. Seu
chifre pode perfurar qualquer coisa desde pele até metal e contém uma
secreção fluida que faz a coisa ou pessoa injetada explodir.
O número de erumpentes não é grande porque os machos
causam a explosão uns dos outros durante a temporada de acasalamento. Esses
animais são tratados com grande cautela pelos bruxos africanos. Os chifres,
rabos e secreção explosiva do erumpente são empregados em poções, embora
classificados como Artigos Comerciáveis Classe B (Perigosos e Sujeitos a Rigoroso
Controle).
FAIRY (FADA)
Classificação M.M.: XX
É usada ou conjurada com freqüência pelos bruxos para
servir de enfeite na decoração e, em geral, habita as matas e os alagadiços.
A fada varia de dois centímetros e meio a doze centímetros e meio de altura,
tem corpo, cabeça e ombros minúsculos e humanóides, mas também grandes asas
como as de um inseto que podem ser transparentes ou multicoloridas conforme sua
espécie.
A fada é dotada de fraco poder mágico que ela usa para
deter tais como o agoureiro. Tem uma natureza rixenta mas, sendo excessivamente
vaidosa, torna-se dócil sempre que é chamada a servir de ornamento. Apesar de
sua aparência humana, a fada não fala. Usa um zumbido agudo para se comunicar
com suas companheiras.
A espécie põe cinqüenta ovos de cada vez no verso das
folhas. Deles nascem larvas vivamente coloridas. De seis a dez dias depois elas
se transformam em casulos, dos quais saem, um mês mais tarde, adultos alados
inteiramente formados.
FIRE CRAB (CARANGUEJO-DE-FOGO)
Classificação M.M.: XXX
Apesar do seu nome, o fire crab (caranguejo-de-fogo) é
muito semelhante a uma grande tartaruga com uma carapaça cravejada de pedras
preciosas. Em sua terra de origem, as ilhas Fiji, uma faixa do litoral foi
transformada em reserva para protegê-lo não apenas dos trouxas, que poderiam
ser tentados por sua carapaça valiosa, mas também dos bruxos inescrupulosos
que usam as carapaças como caldeirões muito procurados. O caranguejo-de-fogo,
no entanto, tem um mecanismo de defesa próprio: expele chamas pelo rabo quando
atacado. Ele é exportado como animal de estimação mediante uma licença
especial.
FLOBBERWORM (VERME-CEGO)
Classificação M.M.: X
O flobberworm (verme-cego) vive em valas úmidas. Animal de
cor castanha que chega a atingir vinte e cinco centímetros de comprimento, ele
se mexe muito pouco. Suas duas extremidades são indistinguíveis uma da outra,
e ambas produzem um muco que é, por vezes, usado para engrossar poções. O
alimento preferido do verme-cego é a alface, embora ele coma praticamente
qualquer vegetal.
FWOOPER (FIUUM)
Classificação M.M.: XXX
O fwooper (fiuum)
é uma ave africana com a plumagem extremamente
colorida; pode ser laranja,
rosa, verde-clara ou amarela. Há muitos anos o fiuum fornece penas para
canetas de luxo bem como põe ovos com desenhos em cores vivas. A princípio
prazeroso, o canto desta com um Feitiço Silenciador que exige um reforço
mensal. Seus donos precisam tirar uma licença para tê-la pois a ave deve ser
cuidada com responsabilidade.
GHOUL (VAMPIRO)
Classificação M.M.: XX
O ghoul (vampiro), embora feio, não é uma criatura
particularmente perigosa. Parece um ogro escorregadio e dentuço e, em geral,
habita os sótãos ou os celeiros de propriedade de bruxos onde come aranhas e
mariposas. Ele geme e de vez em quando atira objetos pela habitação, mas é
em essência um simplório que, na pior das hipóteses, rosna assustadoramente
para todos com quem se depara. Existe uma Força-Tarefa para vampiros no
Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas que se
encarrega de removê-los das habitações que passaram às mãos de trouxas,
mas nas famílias bruxas o vampiro muitas vezes é assunto de conversas ou até
bicho de estimação.
GLUMBUMBLE (BESOURO-DA-MELANCOLIA)
Classificação M.M. :XXX
O glumbumble (besouro-da-melancolia, norte da Europa) é um
inseto voador, cinzento, de corpo peludo; produz uma secreção que induz a
melancolia e é usado como antídoto para a histeria causada pela ingestão das
folhas de aliquente. Sabe-se que esse besouro pode infestar colméias com
efeitos desastrosos para o mel. Ele faz ninho em lugares escuros e protegidos
tais como o oco das árvores e grutas. Alimenta-se de urtigas.
GNOME (GNOMO)
Classificação M.M.: XX
O gnomo é uma
praga comum em jardins, e é encontrado por toda a Europa
e América do Norte.
Pode atingir trinta centímetros de altura, tem uma cabeça
desproporcionalmente grande e dura e pés ossudos. Para expulsá-lo do jardim
é preciso girar o animal no alto até deixá-lo tonto e arremessá-lo por cima
do muro. Como alternativa pode-se usar um furanzão, embora hoje em dia muitos
bruxos achem esse método de controle de gnomos demasiado brutal.
GRAPHORN (ARPÉU)
Classificação MM.: XXXX
O arpéu é encontrado nas regiões montanhosas da Europa.
Animal de grande porte, púrpura-acínzentado e provido de corcova, o arpéu
tem dois chifres muito longos e afiados, caminha sobre enormes pés de quatro
dedos e tem uma natureza extremamente agressiva. Os trasgos montanheses são
por vezes vistos montados em arpéus, embora estes animais pareçam não
tolerar as tentativas de domá-los, pois é muito comum encontrar um trasgo
coberto de cicatrizes feitas por arpéus. Seus chifres moídos são empregados
em muitas poções, embora tal ingrediente seja caríssimo dada a dificuldade
de obtê-lo. O couro é ainda mais grosso que o de um dragão e repele a
maioria dos feitiços.
GRIFFIN (GRIFO)
Classificação M.M.: XXXX
O grifo é originário da Grécia e tem as pernas dianteiras
e uma grande cabeça de águia, mas o corpo e as pernas traseiras de leão. Tal
como as esfinges (ver adiante), os grifos são com freqüência empregados
pelos bruxos para guardar tesouros. E embora ele seja feroz, sabe-se de bruxos
que têm feito amizade com esse animal. Os grifos se alimentam de carne crua.
GRINDYLOW (GRINDYLOW)
Classificação MM.: XX.
Demônio aquático de chifres e pele verde-clara, o
grindylow é encontrado em lagos da Grã-Bretanha e Irlanda. Alimenta-se de
pequenos peixes e é igualmente agressivo com bruxos e trouxas, embora se saiba
que os merpeople (Sereianos) são capazes de domesticá-los. O grindylow tem
dedos muito longos que embora possuam grande força são facilmente
quebráveis.
HIPPOCAMPUS
(HIPOCAMPO)
Classificação
M.M.: XXX
Originário
da Grécia, o hipocampo tem a cabeça e os quartos dianteiros de cavalo e o
rabo e os quartos traseiros de um peixe gigantesco. Embora encontrável
comumente no mar Mediterrâneo, um esplêndido espécime ruão azul foi
capturado por Sereianos ao largo da Escócia em 1949 e por eles domesticado. O
hipocampo põe ovos grandes e semi-transparentes, através dos quais se pode
ver o filhote em formação.
HIPPOGRIFF
(HIPOGRIFO)
Classificação
M.M.: XXX
O
hipogrifo é nativo da Europa, embora seja atualmente encontrado no mundo
inteiro. Tem a cabeça de uma enorme águia e o corpo de cavalo. Pode ser
domesticado, embora isso só deva ser tentado por peritos. Deve-se manter
contato visual ao se avizinhar de um hipogrifo. Fazer uma reverência demonstra
boas intenções. Se o hipogrifo retribuir a reverência, será seguro se
aproximar.
O
hipogrifo escava o chão à procura de insetos, mas come igualmente aves e
pequenos mamíferos. Em época de acasalamento, esse animal constrói um ninho
no chão e ali deposita um único ovo, grande e frágil, que choca em vinte e
quatro horas. O filhote de hipogrifo estará pronto para voar uma semana
depois, embora ainda vá levar meses para poder acompanhar seus pais em viagens
mais longas.
HORKLUMP (TOLETE)
Classificação M.M.: X
O horklump (tolete) teve origem na Escandinávia, mas hoje
é encontrado em todo o norte europeu. Lembra um cogumelo carnudo e rosado
coberto de pêlos ralos, negros e duros. Procriador prodigioso, ele cobre um
jardim de tamanho médio em questão de dias. O tolete lança tentáculos
vigorosos na terra em lugar de raízes à procura do seu alimento preferido, as
minhocas. Por sua vez, ele é uma iguaria apreciada pelos gnomos, mas não tem
nenhum outro uso conhecido.
IMP (DIABINHO)
Classificação MM.: XX
O imp (diabinho) só é encontrado na Grã-Bretanha e na
Irlanda. Por vezes é confundido com o diabrete. Os dois têm a mesma altura
(entre quinze e vinte centímetros), embora o diabinho não seja capaz de voar
como o diabrete e nem seja tão colorido (o diabinho normalmente varia de
marrom-escuro a preto). No entanto, ambos têm o mesmo senso de humor grotesco.
Seu terreno preferido é úmido e pantanoso, e com freqüência é visto
próximo às margens de rios onde se diverte empurrando e fazendo tropeçar os
incautos. O diabinho se alimenta de pequenos insetos e tem hábitos de
acasalamento muito semelhantes aos das fadas, embora não teça casulos; seus
filhotes nascem totalmente formados com cerca de dois centímetros e meio de
altura.
JARVEY (FURANZÃO)
Classificação M.M.: XXX
O furanzão é encontrado na Grã-Bretanha, Irlanda e
América do Norte. Assemelha-se a um furão de grande porte na maioria das
espécies, exceto pelo fato de que é capaz de falar. Uma conversa propriamente
dita, porém, ultrapassa a capacidade do furanzão, que tende a se limitar a
frases curtas (e, em geral, grosseiras) ditas num fluxo quase contínuo. Ele
vive principalmente sob a terra onde persegue os gnomos, mas também se
alimenta de toupeiras, ratos e outros roedores.
JOBBERKNOLL (DEDO-DURO)
Classificação M.M.: XX
O jobberknoll (dedo-duro) (encontrável ao norte da Europa e
nas Américas) é uma minúscula ave azul, toda sarapintada, que se alimenta de
pequenos insetos. Não produz som algum até a hora de morrer quando deixa
escapar um grito longo formado por todos os sons que ouviu durante a vida,
regurgitados de trás para a frente. As penas do dedo-duro são usadas em Soros
da Verdade e Poções da Memória.
KAPPA (KAPPA)
Classificação MM.: XXXX
O kappa é um demônio aquático do Japão que habita lagos
e rios rasos. Com fama de parecer um
macaco com escamas de peixe em lugar de
pêlos, esse animal tem um oco no cocuruto da cabeça no qual ele carrega
água.
O kappa se alimenta de sangue humano, mas é possível
convencê-lo a não fazer mal a alguém, atirando-lhe um pepino com o nome da
pessoa gravado à faca. Ao enfrentar esse animal, o bruxo deve enganá-lo
obrigando-o a se curvar — porque se ele fizer isso, a água guardada no oco de
sua cabeça escorrerá, drenando-o de toda a sua força.
KELPIE (CAVALO-DO-LAGO)
Classificação MM.: XXXX
Esse demônio aquático da Grã-Bretanha e da Irlanda pode
assumir várias formas, embora na maioria das vezes apareça como um cavalo com
crineira de folhas de tábua. Depois de atrair os incautos para montá-lo, ele
mergulha direto ao fundo do rio ou lago e devora o cavaleiro deixando suas
tripas boiando à superfície. A maneira correta de dominar um cavalo-do-lago
é passar as rédeas por cima de sua cabeça com um Feitiço de Colocação que
o torne obediente e manso.
O maior cavalo-do-lago do mundo encontra-se no lago Ness,
Escócia. Assume, de preferência, a forma de uma serpente marinha. Os
observadores enviados pela Confederação Internacional dos Bruxos perceberam
que não estavam lidando com uma serpente verdadeira quando a viram
transformar-se em uma lontra à aproximação de uma equipe de investigadores
trouxas e, em seguida, voltar à forma anterior quando eles partiram.
KNARL (OURIÇO)
Classificação M.M.: XXX
O knarl (ouriço) (Europa Setentrional e América do Norte)
é em geral confundido pelos trouxas com o porco-espinho. As duas espécies
são de fato indistinguíveis, exceto por uma diferença importante em seu
comportamento: se deixarmos comida no jardim para um porco-espinho, ele a
aceitará e apreciará o presente; por outro lado, se oferecermos comida a um
ouriço, ele irá supor que o dono da casa está tentando atraí-lo para uma
cilada, e destruirá as plantas e os ornamentos do jardim da casa. Muitas
crianças trouxas já foram acusadas de vandalismo quando o verdadeiro culpado
foi um ouriço.
KNEAZLE (AMASSO)
Classificação M.M.: XXX
O kneazle (amasso) foi originalmente criado na
Grã-Bretanha, embora seja atualmente exportado para todo o mundo. Um pequeno
felinóide com o pêlo pintado ou malhado, grandes orelhas e o rabo igual ao do
leão, o amasso é inteligente, independente e, por vezes, agressivo, embora
quando se afeiçoa a um bruxo ou bruxa ele se torne um excelente bichinho de
estimação. O amasso tem uma capacidade excepcional de detectar pessoas
suspeitas ou indesejáveis, e seu dono pode confiar que o animal o levará a
salvo até em casa se ele se perder. O amasso tem até oito filhotes em uma
ninhada e pode cruzar com gatos. É preciso tirar licença para se ter um
animal desses (como no caso dos fiuuns e dos crupes), porque eles têm uma
aparência diferente o bastante para atrair o interesse dos trouxas.
LEPRECHAUN (DUENDE IRLANDÊS), por
vezes também chamado Clauricorn (Clauricorne)
Classificação M.M.: XXX
Mais inteligente do que uma fada e menos malicioso do que o
diabinho, o diabrete ou a fada mordente, ainda assim o leprechaun, que
é um duende irlandês, é travesso. Encontrável somente na Irlanda, atinge
até um metro e meio de altura e sua cor é verde. Sabe-se que é capaz de
criar roupas rústicas com folhas. É a única das "pequenas
criaturas" dotada de fala, embora nunca tenha solicitado sua
reclassificação como "ser". O leprechaun gera seus filhotes
e habita principalmente as matas e áreas silvestres. Ele gosta de atrair a
atenção dos trouxas e, em conseqüência, aparece com tanta freqüência
quanto a fada na literatura infantil de língua inglesa. O duende irlandês
produz uma substância que parece ouro mas desaparece após algumas horas para
seu grande divertimento. Alimenta-se de folhas e, apesar de ter a reputação
de pregar peças, nunca se soube que tivesse prejudicado um humano de modo
permanente.
LETHIFOLD (MORTALHA-VIVA), também
conhecida como Living Shroud (Manto Letal)
Classificação M.M.: XXXXX
A lethifold (mortalha-viva) é, felizmente, uma criatura
rara, encontrada somente em climas tropicais. Lembra um manto negro de pouco
mais de um centímetro de espessura (mais grosso quando acabou de matar e
digerir uma vítima) que rasteja pelo chão durante a noite. A notícia mais
antiga que se tem de uma mortalha-viva foi escrita pelo bruxo Flávio Belby,
que teve a sorte de sobreviver a um ataque desse animal em 1782 quando passava
as férias em Papua, na Nova Guiné.
Por volta de uma hora da manhã, quando eu começava
finalmente a me sentir sonolento, ouvi um farfalhar muito próximo. Acreditando
que eram apenas as folhas da árvore lá fora, mudei de posição na cama,
deixando as costas viradas para a janela, e avistei o que me pareceu ser uma
sombra disforme deslizando pela porta do meu quarto. Fiquei parado, tentando
sonolentamente adivinhar o que produzia tal sombra em um quarto iluminado
apenas pelo luar. Sem dúvida a minha imobilidade levou a mortalha-viva a
acreditar que sua vítima potencial estava adormecida.
Para meu horror, a sombra começou a subir sorrateiramente
em minha cama, e senti o seu peso leve sobre mim. Parecia apenas um manto preto
ondulante, suas pontas farfalhavam levemente enquanto ela avançava para mim.
Paralisado de medo, senti o seu toque úmido no meu queixo antes de me sentar
com um movimento brusco.
A coisa tentou me sufocar, subindo inexoravelmente pelo meu
rosto, tampando minha boca e as narinas, mas eu continuei a me debater,
sentindo o tempo todo a sua friagem envolvente sobre mim. Incapaz de pedir
socorro, tateei à procura da minha varinha. Tonto porque a coisa se colava ao
meu rosto, incapaz de inspirar concentrei todas as minhas forças para lhe
lançar um Feitiço Estuporante, e então - como este não fosse suficiente
para dominar a criatura, embora tivesse aberto um buraco na porta do meu quarto
— tentei uma Azaração de Impedimento, que também de nada adiantou. Ainda me
debatendo como um louco, me virei de lado e caí pesadamente no chão, agora
todo envolto pela mortalha.
Eu sabia que estava prestes a perder completamente a
consciência, sufocado. Desesperado, reuni minha última reserva de energia.
Apontei a varinha para longe de mim, para as dobras letais da criatura,
procurando trazer à lembrança o dia em que fui eleito presidente do Clube de
Bexigas da minha cidade, e executei um Feitiço do Patrono.
Quase na mesma hora senti o ar fresco
no meu rosto. Ergui os olhos e vi a sombra letal ser atirada no ar pelos
chifres do meu Patrono. Ela voou pelo quarto e deslizou depressa para longe da
vista.
Conforme Belby revela tão dramaticamente, o Patrono é o
único feitiço conhecido para repelir uma mortalha-viva. Mas, uma vez que ela
sempre ataca pessoas adormecidas, suas vítimas raramente têm chance de usar a
magia para se defender. Depois que a presa foi sufocada, o animal a digere ali
mesmo na cama. Sai, então, da casa ligeiramente mais grossa e gorda do que
entrou, sem deixar para trás
LOBALUG (SERINGA)
Classificação M.M.: XXX
É encontrada nas profundezas do Mar do Norte. É uma
criatura simples com vinte e cinco centímetros de comprimento, formada por um
esguicho flexível e uma bolsa de veneno. Quando ameaçada, ela contrai essa
bolsa e esguicha veneno no atacante. Os Sereianos usam a seringa como arma, e
sabe-se que há bruxos que extraem o veneno desse animal para usá-lo em
poções, embora tal prática seja rigorosamente controlada.
MACKLED MALACLAW (MALAGARRA)
Classificação M.M.: XXX
A mackled malaclaw (malagarra) é uma criatura terrestre
encontrável principalmente nas costas rochosas da Europa. Apesar de sua leve
semelhança com a lagosta, ela não deve em hipótese alguma ser ingerida
porque sua carne é imprópria para consumo humano e provocará febre alta e
uma feia urticária esverdeada.
A malagarra pode atingir o comprimento de trinta
centímetros, seu corpo é cinza-claro com pintas verde-escuras. Alimenta-se de
pequenos crustáceos e tenta atacar presas de maior tamanho. Sua mordida tem o
singular efeito colateral de tornar a vítima extremamente azarada por um
período de até uma semana após a mordida. Se alguém for mordido por uma
malagarra, deve cancelar todas as apostas, investimentos de risco e
especulações porque certamente terá prejuízos.
MANTICORE (MANTICORA)
Classificação M.M.: XXXXX
A manticore (manticora) é um perigosíssimo animal grego
com cabeça humana, corpo de leão e rabo de escorpião. Tão feroz quanto a
quimera e igualmente rara, a manticora tem fama de cantar baixinho enquanto
devora a presa. Sua pele repele quase todos os feitiços conhecidos e sua
mordida pode causar morte instantânea.
MERPEOPLE (SEREIANOS) também conhecidos
por seus nomes regionais Sirens, Selkies e
Merrows
Classificação M.M.:
XXXX
Os merpeople (Sereianos) existem em todo o mundo, embora
variem na aparência como os humanos. Seus hábitos e costumes permanecem tão
misteriosos quanto os do centauro, embora os bruxos que aprenderam o serêiaco
nos falem de comunidades excepcionalmente organizadas, cujo tamanho varia
conforme a localização, havendo algumas com habitações muito bem
construídas. Do mesmo modo que os centauros, os Sereianos abriram mão da
condição de "seres" em favor da de "animais" (veja
Introdução).
Os Sereianos mais antigos de que se tem registro são
conhecidos pelo nome de sereias (Grécia) e é nas águas mais tépidas que
encontramos as belas sereias descritas na literatura trouxa e representadas em
suas pinturas. Os selkies da Escócia e os merrows da Irlanda são menos belos,
mas revelam o mesmo amor à música comum a todos os Sereianos.
MOKE (BRIBA)
Classificação MM.: XXX
A moke (briba) é um lagarto verde-prateado que atinge até
vinte e cinco centímetros de comprimento e é encontrado por toda a
Grã-Bretanha e a Irlanda. Tem a capacidade de se encolher quando quer e,
conseqüentemente, nunca é vista pelos trouxas.
O couro de briba é muito valorizado pelos bruxos para a
confecção de carteiras e bolsas pois a pele escamosa se contrai à
aproximação de estranhos, do mesmo modo que fazia seu antigo dono; as bolsas
de dinheiro feitas de couro de briba são portanto muito difíceis de serem
encontradas pelos ladrões.
MOONCALF (BEZERRO APAIXONADO)
Classificação M.M.: XX
O mooncalf (bezerro apaixonado) é um animal extremamente
tímido que sai da toca apenas em noites de lua cheia. Tem o corpo liso e
cinza-claro, olhos redondos e salientes no cocuruto da cabeça e quatro
perninhas finas que terminam em enormes pés chatos. O bezerro apaixonado
executa complicadas danças, apoiado nas patas traseiras, em áreas ermas
banhadas de luar. Acredita-se que sejam um prelúdio ao acasalamento (e muitas
vezes seus movimentos deixam intrincados desenhos geométricos nos campos de
trigo para grande perplexidade dos trouxas).
Assistir ao bezerro apaixonado dançar ao luar é uma
experiência fascinante e, muitas vezes, proveitosa porque se o seu excremento
prateado for recolhido antes do sol nascer e espalhado sobre canteiros de ervas
mágicas e de flores, as plantas crescerão rapidamente e se tornarão muito
resistentes. Os bezerros apaixonados são encontrados no mundo inteiro.
MURTLAP (MURTISCO)
Classificação M.M.: XXX
O murtlap (murtisco) é um animal semelhante a um rato
encontrado nas áreas litorâneas da Grã-Bretanha. Tem uma saliência nas
costas que lembra uma anêmona-do-mar. Quando essa pseudoflor saliente é ingerida
em conserva produz resistência a feitiços e azarações, embora uma overdose
possa causar o crescimento de pêlos de cor púrpura nas orelhas. O murtisco se
alimenta de crustáceos e dos pés de qualquer um que caia na tolice de pisar
em cima dele.
NIFFLER (PELÚCIO)
Classificação M.M.: XXX
O niffler (pelúcio) é um animal britânico. Fofo, preto,
de focinho longo, essa criatura que faz tocas subterrâneas tem predileção
por tudo que brilha. Ele é muitas vezes criado por duendes para cavar as
profundezas da terra em busca de tesouros. Embora este animal seja manso e até
capaz de se afeiçoar, é muito destrutivo e jamais deve ser mantido dentro de
casa. Ele vive em covas que podem atingir seis metros de profundidade e tem de
seis a oito filhotes em cada ninhada.
NOGTAIL (RABICURTO)
Classificação MM.: XXX
O nogtail (rabicurto) é um demônio encontrado nas áreas
rurais de toda a Europa, Rússia e América do Norte. Ele lembra um porquinho
anão com pernas longas, rabo grosso e curto, e olhos pretos e miúdos. O
rabicurto entra sorrateiro em uma pocilga e mama em uma porca normal ao lado
dos seus filhotes. Quanto mais tempo ele é deixado em liberdade e quanto maior
se torna, tanto maior a destruição na propriedade em que penetrou.
O rabicurto é extraordinariamente rápido e difícil de
capturar, mas se for afugentado até os limites da propriedade por um cão todo
branco ele não voltará. O Departamento para Regulamentação e Controle das
Criaturas Mágicas (Subdivisão de Pragas) mantém uma dúzia de sabujos
albinos para esse serviço.
NUNDU (NUNDU)
Classificação MM.: XXXXX
Esse animal da África Oriental é indiscutivelmente o mais
perigoso do mundo. Um enorme leopardo que se desloca em silêncio, apesar do
seu tamanho, e cujo hálito causa uma doença capaz de eliminar um povoado
inteiro, o nundu nunca foi subjugado por menos de cem bruxos qualificados,
juntos.
OCCAMY (OCCAMI)
Classificação MM.: XXXX
O occamy (occami) é encontrado no Extremo Oriente e na
Índia. Esse bípede emplumado, com asas e corpo de serpente, pode alcançar o
comprimento de quatro metros e meio. Alimenta-se principalmente de ratos e
aves, embora haja notícia de que ataque macacos. O occami é agressivo com
todos que se aproximam dele, especialmente quando se trata de defender seus
ovos cujas cascas são feitas da prata mais pura e maleável.
PHOENIX (FÊNIX)
Classificação M. M.: XXXX
A fênix é um pássaro magnífico, de cor vermelha e porte
de cisne, com um longo rabo, bico e garras
dourados. Faz ninho no cume de
montanhas no Egito, índia e China, e tem uma vida longuíssima porque é capaz
de se regenerar, irrompendo em chamas quando seu corpo entra em decadência e
ressurgindo das cinzas novamente jovem. É um pássaro manso, a que não se
atribuem mortes, e se alimenta apenas de ervas. A exemplo do oraqui-oralá
(veja página 30), ela pode desaparecer e reaparecer quando quer. Seu canto é
mágico: acredita-se que aumente a coragem dos puros de coração e atemorize
os impuros de coração. Suas lágrimas possuem poderosas propriedades
curativas.
PIXIE (DIABRETE)
Classificação M.M.: XXX
O pixie (diabrete) é encontrado principalmente na
Cornualha, uma região inglesa. De cor azul-elétrico, medindo até vinte
centímetros de altura e muito travesso, ele gosta de pregar peças e fazer
brincadeiras de mau gosto de todo tipo. Embora não seja dotado de asas, ele é
capaz de voar e sabe-se que pode agarrar humanos incautos pelas orelhas e
levá-los para o topo de árvores e edifícios de grande altura. O diabrete
fala uma algaravia aguda que só é compreendida pelos seus iguais. Este animal
gera seus filhotes.
PLIMPY (DILÁTEX)
Classificação M.M.: XXX
O plimpy (dilátex) é um peixe esférico e sarapintado que
se caracteriza por duas longas pernas que terminam em pés palmados. Habita os
lagos profundos cujos leitos ronda à procura de alimento, preferindo
lesmas-d'água. O dilátex não é particularmente perigoso, embora roa os pés
e as roupas dos nadadores. É considerado uma praga pelos Sereianos, que se
livram dele dando nós em suas pernas elásticas; o dilátex é, então,
carregado embora pela correnteza e sendo incapaz de se orientar não consegue
voltar até ter se desamarrado, o que leva horas.
POGREBIN (POGREBIN)
Classificação M.M.: XXX
O pogrebin é um demônio russo que tem menos de trinta
centímetros de altura, um corpo peludo, mas uma enorme cabeça cinzenta e
lisa. Quando encolhido, o pogrebin lembra uma pedra redonda e reluzente. Esse
demônio é atraído pelos humanos e gosta de segui-los andando à sua sombra e
se abaixando rapidamente quando a sombra se vira para ele. Se um humano
permitir que o pogrebin o siga durante muitas horas, será envolvido por uma
sensação de grande futilidade que finalmente o fará cair em um estado de
letargia e desespero. Quando a vítima pára de andar e cai de joelhos para
chorar a inutilidade de tudo, o pogrebin saltará sobre ela e tentará devorá-la.
Porém é fácil repeli-lo com azarações simples ou Feitiços Estuporantes.
Chutá-lo para longe também pode ser eficaz.
PORLOCK (POCOTÓ)
Classificação M.M.: XX
O porlock (pocotó) é um guardião de cavalos encontrável
em Dorset, uma região da Inglaterra, e no sul da Irlanda. Tem o corpo coberto
por uma pelagem comprida e, na cabeça, uma maçaroca de pêlos duros além de
um nariz excepcionalmente grande. Suas patas são cascos fendidos. Seus braços
são pequenos e terminam em quatro dedos curtos e grossos. Quando adultos,
atingem cerca de sessenta centímetros de altura e se alimentam de capim.
O pocotó é acanhado e vive para proteger os cavalos. Ele
pode ser encontrado encolhido no meio do feno dos estábulos ou então se
escondendo no meio da manada. Os pocotós desconfiam dos humanos e sempre se
afastam quando eles se aproximam.
PUFFSKEIN
(PUFOSO)
Classificação M.M.:
XX
O puffskein (pufoso) é encontrado no mundo inteiro. De
forma esférica, coberto por pêlos macios cor de caramelo, é uma criatura
dócil que não se importa de ser afagado ou atirado para todo lado. É fácil
de cuidar e emite um zumbido surdo quando está satisfeito. A intervalos, ele
estica para fora uma língua longa, fina e rosada que serpeia pela casa em
busca de comida. O pufoso come qualquer coisa desde sobras de comida até
aranhas, mas revela preferência especial por enfiar a língua no nariz dos
bruxos adormecidos e comer as melecas que encontra. Essa tendência tornou-o
muito querido pelas crianças bruxas há várias gerações, e ele continua
sendo um bichinho de estimação muito popular.
QUINTAPED (QUINTÍPEDE)
Classificação M.M.: XXXXX
O quintaped (quintípede) é um animal carnívoro
perigosíssimo com um certo gosto por humanos. Seu corpo atarracado e rente ao
chão é coberto por pêlos castanho-avermelhados, do mesmo modo que suas
pernas, que terminam em patas tortas. Ele é encontrado na ilha de Drear, ao
largo do extremo norte da Escócia, razão pela qual a ilha foi considerada
imapeável.
Conta a lenda que, no passado, a ilha de Drear era povoada
por duas famílias bruxas, os McClivert e os MacBoon. Um duelo de bêbedos
entre Dugald, chefe do clã McClivert, e Quinto, chefe do clã MacBoon,
terminou com a morte de Dugald. Em retaliação, assim conta a lenda, um grupo
dos McClivert cercou as casas dos MacBoon, certa noite, e transfigurou cada
membro da família em um monstruoso animal de cinco patas. Os McClivert
perceberam, tarde demais, que os MacBoon, depois de transformados, tinham se
tornado infinitamente mais perigosos do que antes (eram famosos por sua grande
incompetência em magia). Além disso, os MacBoon resistiram a todas as
tentativas de fazê-los voltar à forma humana. Os monstros mataram todos os
McClivert até não restar um único ser humano na ilha. Foi então que os
monstros MacBoon se deram conta de que na falta de alguém para brandir uma
varinha, eles seriam forçados a continuar como estavam para o resto da vida.
Se a lenda é ou não verdadeira ninguém jamais saberá.
Pois é certo que não sobreviveram nem McClivert nem MacBoon para nos contar o
que aconteceu com os seus antepassados. Os quintípedes não são dotados de
fala e têm resistido energicamente às tentativas do Departamento para
Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas de capturar um espécime e
tentar retransformá-lo, por isso temos que supor que se eles forem realmente,
conforme sugere seu apelido, os MacBoon peludos, devem estar muito satisfeitos
de passar a vida inteira como animais.
RAMORA (RAMORA)
Classificação M.M.: XX
A ramora é um peixe prateado encontrável no Oceano
Índico.
Dotada de poderosa magia, ela ancora navios e protege os
navegantes. Esse peixe é muito valorizado pela Confederação Internacional
dos Bruxos que estabeleceu várias leis para protegê-lo dos pescadores bruxos.
RED CAP (BARRETE VERMELHO)
Classificação M.M.: XXX
Essas criaturas anãs vivem em crateras de antigos campos de
batalha ou onde quer que o sangue humano tenha sido derramado. Embora
facilmente repelidas com feitiços e azarações, elas oferecem grande perigo
aos trouxas que andam sozinhos, a quem tentarão matar de pancadas nas noites
escuras. Os barretes vermelhos são encontrados principalmente no norte da
Europa.
RE’EM(RÊS-MA)
Classificação M.M.: XXXX
Boi gigantesco e raro de couro dourado, a rês-ma é
encontrável nas regiões agrestes da América do Norte e do Extremo Oriente.
Seu sangue dá a quem o bebe uma força imensa, embora a dificuldade em
obtê-lo torne o sela estoque mínimo e raramente disponível no mercado livre.
RUNESPOOR (FAROSUTIL)
Classificação M.M.: XXXX
O farosutil é originário de um pequeno país africano, o
Burkina Faso. Serpente de três cabeças, ele normalmente atinge entre um metro
e oitenta centímetros e dois metros e dez centímetros de comprimento. Laranja
berrante com listras negras, o farosutil é facilmente localizável, razão
pela qual o Ministério da Magia de Burkina Faso declarou imapeáveis certas
áreas de floresta para seu uso exclusivo.
Esse animal, embora em si não seja particularmente
agressivo, no passado foi um bichinho de estimação de bruxos das trevas sem
dúvida por causa de sua aparência vistosa e intimidante. É aos escritos de
ofidiglotas, que criaram e conversaram com essas cobras, que devemos a nossa
compreensão dos seus curiosos hábitos. Esses escritos revelam que cada uma
das cabeças do farosutil tem uma finalidade diferente. A da esquerda (para o
bruxo que está de frente para a cobra) é a que planeja. Decide aonde ele deve
ir e o que deve fazer a seguir. A cabeça do meio é a que sonha (o farosutil
pode permanecer parado durante dias seguidos, perdido em visões e devaneios
gloriosos). A cabeça da direita é a que critica e avalia os esforços das
cabeças da esquerda e da direita com um silvo contínuo e irritante. As presas
da cabeça direita são extremamente venenosas. Este animal raramente alcança
uma idade avançada uma vez que as cabeças tendem a se atacar mutuamente. É
comum ser avistado sem a cabeça direita porque as outras duas se juntaram para
arrancá-la.
O farosutil põe ovos pela boca, o único animal mágico
capaz desse feito. Os ovos têm imenso valor na produção de poções para
estimular a agilidade mental. O mercado negro dos ovos e das próprias cobras
floresce há muitos séculos.
SALAMANDER (SALAMANDRA)
Classificação MM.: XXX
A Salamandra é um pequeno lagarto que habita o fogo e se
alimenta de chamas. Branco ofuscante, ela pode se apresentar azul ou vermelha,
dependendo do calor do fogo de onde surgiu.
As salamandras podem sobreviver até seis horas fora do fogo
se ingerirem pimenta a intervalos regulares. Sobrevivem somente enquanto o fogo
no qual apareceram continuar a arder. O sangue desse animal tem eficazes
propriedades curativas e restauradoras.
SEA SERPENT (SERPENTE MARINHA)
Classificação M.M.: XXX
A serpente marinha é encontrada nos oceanos Atlântico e
Pacífico e no mar Mediterrâneo. Embora de aparência assustadora, não há
notícia de que tenha matado seres humanos apesar dos relatos de trouxas
histéricos sobre seu comportamento feroz. Esse animal atinge até trinta
metros de comprimento, tem cabeça de cavalo e um corpo longo de serpente que
se ergue do mar em corcoveios.
SHRAKE (REQUE)
Classificação MM.: XXX
É um peixe inteiramente coberto de espinhos e encontrável
no oceano Atlântico. Acredita-se que o primeiro cardume foi criado como uma
vingança contra pescadores trouxas que insultaram navegantes bruxos no início
do século XIX. Desde então, quando recolhem suas redes naquela área do mar,
os trouxas as encontram rasgadas e esvaziadas pelos reques que nadam sob elas.
SNIDGET (POMORIM)
O snidget (pomorim) é uma espécie de
pássaro extremamente rara e protegida por lei. Todo redondo,
com um bico longo
e fino, olhos vermelhos e brilhantes como pedras preciosas, o pomorim dourado
voa com excepcional velocidade e pode mudar de direção com incrível perícia
e rapidez graças às dobradiças giratórias de suas asas.
As penas e os olhos do pomorim têm tal valor que, no
passado, a caçada que os bruxos lhe promoveram quase o levou à extinção. O
perigo foi percebido a tempo e a espécie passou a ser protegida, o que
resultou na notável substituição do pomorim pelo pomo de ouro no inteiro.
SPHINX (ESFINGE)
Classificação MM.: XXXX
A esfinge egípcia tem cabeça humana e
corpo de leão. Há mais de mil anos ela é usada pelos bruxos e bruxas para
guardar tesouros e seus esconderijos secretos. Inteligentíssimo, esse animal
tem prazer em inventar charadas e quebra-cabeças. Em geral, a esfinge só se
torna perigosa quando aquilo que está guardando é ameaçado.
STREELER (LESMALENTA)
Classificação MM.: XXX
Esse animal é uma enorme lesma que muda de cor de hora em
hora, e quando caminha deixa um rastro tão venenoso que murcha e queima toda a
vegetação por onde passa. A lesma-lenta é originária de vários países
africanos, embora tenha sido reproduzida pelos bruxos, com sucesso, na Europa,
na Ásia e nas Américas. É criada como bicho de estimação por aqueles que
apreciam suas mudanças caleidoscópicas de cor e porque seu veneno é uma das
poucas substâncias capazes de matar toletes.
TEBO (TEBO)
Classificação MM.: XXXX
O tebo é umjavali cinzento, encontrado no Congo e no Zaire.
É dotado de invisibilidade, o que dificulta fugir dele ou
capturá-lo, tornando-o extremamente perigoso. O tebo é muito valorizado pelos
bruxos para fabricar roupas e escudos protetores.
TROLL (TRASGO)
Classificação MM.: XXXX
O trasgo é uma criatura temível que atinge mais de três
metros e meio de altura e pesa mais de uma tonelada. Notável por sua força
igualmente prodigiosa e sua pouca inteligência, esse animal é muitas vezes
violento e imprevisível. O animal é originário da Escandinávia, mas
atualmente pode ser encontrados na Grã-Bretanha, Irlanda e outras áreas do
norte da Europa.
Em geral, ele fala aos grunhidos que parecem constituir uma
linguagem primitiva, embora haja notícia de que alguns compreendam e até
falem algumas palavras humanas mais simples. Os mais inteligentes da espécie
têm sido treinados para guardiões.
Existem
três tipos de trasgos: das montanhas, das florestas e dos rios. O montanhês
é o maior e mais feroz. É careca e tem a pele cinza-claro. O florestal tem
pele verde-clara e, alguns espécimes, uma cabeleira rala, fina e verde ou
castanha. O trasgo fluvial tem pele roxa e é, com freqüência, encontrado sob
as pontes. Os trasgos comem carne crua e não são exigentes quanto às suas
presas, que podem ser animais ou humanas.
UNICORN
(UNICÓRNIO)
Classificação
MM.: XXXX
O
unicórnio é um belo animal encontrado nas florestas do norte europeu. Quando
adulto é um cavalo branco-puro, dotado de um chifre, embora seus potrinhos
nasçam dourados e se tornem prateados antes de atingir a maturidade. O chifre,
o sangue e o pêlo ele evita contato com os humanos, deixa mais facilmente uma
bruxa do que um bruxo se aproximar dele e tem patas tão ágeis que torna
difícil sua captura.
WEREWOLF S (LOBISOMEM)
Classificação MM.: XXXXX
O lobisomem é encontrado no mundo inteiro, embora se
acredite que tenha se originado no norte europeu. Os humanos somente se
transformam em lobisomens quando são mordidos. Não se conhece nenhuma cura
para esse mal, embora o recente avanço no preparo de poções tenha, em certa
medida, aliviado os sintomas mais graves. Uma vez por mês, durante a lua
cheia, o bruxo ou trouxa afetado, que em outros períodos é normal, se
transforma em uma fera assassina. Uma singularidade entre as demais criaturas
fantásticas, o lobisomem dá preferência a presas humanas.
WINGED HORSE (CAVALO ALADO)
Classificação M.M.: XX-XXXX
Os cavalos alados existem no mundo inteiro. Há diferentes
raças, entre elas a Abraxana (um palomino enorme e forte), a Etoniana
(castanha, popular na Grã-Bretanha e na Irlanda), a Graniana (cinzenta e muito
veloz) a Testrália (negra, dotada do poder da invisibilidade e considerada
portadora de azar por muitos bruxos). Tal como no caso do hipogrifo, exige-se que
o dono de um cavalo alado lance sobre ele, periodicamente, um Feitiço
Desilusório.
YETI (IÉTI), também conhecido como Bigfoot
(Pé-de-Anjo) e Abominable Snowman (Abominável
Homem das Neves)
Classificação M.M.: XXXX
Acredita-se que o iéti, nativo do Tibete, seja aparentado
com o trasgo, embora até hoje ninguém tenha chegado bastante perto para fazer
os testes necessários. Com uma estatura máxima de quatro metros e meio, o
iéti é coberto da cabeça aos pés por pêlos alvíssimos. Devora qualquer
coisa que cruze o seu caminho, embora tenha medo do fogo e possa ser repelido
por bruxos experientes.
Fonte: Animais Fantásticos e Onde Habitam